Escolhi esta crônica, como sugestão de leitura, para registrar neste blog a perda da filhinha da nossa colega Olinda que tinha apenas um aninho e três meses. Uma morte que chocou a todos: morrer assim, antes de viver tudo, como afirma Martha Medeiros, não se faz.
A escritora inicia a sua crônica destacando que no enterro do Bussunda, do Casseta & Planeta, não houve sequer uma piadinha. Apenas reinou o silêncio e a dor. Segue nos lembrando que a pessoa tendo “mais que cem anos de idade, vá lá, o sono eterno poder ser bem-vindo” e finaliza afirmando o seguinte: “Morrer cedo é transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que essa não tem graça nenhuma”.
MEDEIROS. M. Doidas e Santas. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.
Fonte: www.mocadosonho.com
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